Ippuc propõe novo zoneamento para Curitiba

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Uma proposta de revisão da Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo de Curitiba, elaborada por 50 profissionais do Instituto de Pesquisa e Planejamento de Curitiba (Ippuc), Urbs, Cohab e outras três secretariais municipais, prevê uma série de mudanças para a cidade.

O projeto cria ou reformula zonas e setores para incentivar o adensamento populacional nos eixos Leste-Oeste da cidade, permitindo novos usos (residenciais, comerciais, de serviços e indústria) onde antes não era permitido e também autoriza construções mais altas. A intenção é traduzir o que o Plano Diretor introduziu como visão para a cidade em 2024: uma Curitiba mais compacta e vertical, exigindo menos deslocamentos dos cidadãos.

Nos próximos anos, 11 Zonas Residenciais 4 (ZR-4) de Transição devem ser criadas ou ter seus rumos corrigidos de acordo com vocações observadas pelo Ippuc. São áreas situadas entre regiões de alta densidade e média densidade, como Portão, Seminário, Santa Quitéria e Mercês. Com usos mais flexíveis previstos e construções de maior porte, essas áreas devem, aos poucos, se consolidar como uma transição entre áreas de maior atividade (e com construções mais altas) e menor atividade (com construções mais baixas), mantendo a paisagem equilibrada da cidade. A mudança oferece uma nova gama de possibilidades de uso e de porte para os imóveis.

Outras alterações buscam consolidar eixos que não saíram do papel conforme o planejado. Esse é o caso dos Setores Especiais Nova Curitiba (nas conectoras que compõem a região conhecida como Ecoville), Marechal Floriano Peixoto, Mercês e Pres. Affonso Camargo. Com novas possibilidades de ocupação, essas vias e suas adjacências deverão, nas próximas décadas, ficar parecidas com a Avenida Sete de Setembro.

Já ao longo dos eixos Norte-Sul, o documento prevê novos eixos de transporte para a cidade (em 50 anos a oferta de vias para ônibus biarticulados, por exemplo, poderá ser dobrada). Com isso, o adensamento populacional nessas regiões será naturalmente fomentado.

Assim como ocorreu com o novo Plano Diretor, um amplo debate deverá ser feito com a população sobre a nova lei, com um calendário de oficinas e audiências públicas.

Saiba mais detalhes sobre a proposta para a nova Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo na matéria publicada pelo jornal Gazeta do Povo.

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